A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) negou nesta 5ª feira (2.fev.2023) envolvimento em suposto plano golpista denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

“A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) não está absolutamente envolvida em qualquer iniciativa relacionada à possibilidade de gravação de conversas de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)”, escreveu em nota.

A Abin reafirmou no texto “seu compromisso com a democracia e o Estado Democrático de Direito e sua direção e corpo de servidores jamais coadunariam com esse tipo de ação”.

O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, que chefiava a Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), também negou participação no suposto episódio.

“É mais uma mentira qualquer envolvimento do GSI ou da Abin, como instituições, nesse ‘plano’. Eu jamais tomei conhecimento de qualquer ação nesse sentido”, escreveu em mensagem de texto enviada ao Poder360.

O senador Marcos do Val disse, em uma 1ª versão do seu relato, que o então deputado Daniel Silveira (PL-RJ) pediu —na presença do ex-presidente Bolsonaro — que ele gravasse uma conversa que pudesse comprometer o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O pedido teria se dado em dezembro de 2022.

Se o plano desse certo, Bolsonaro poderia adotar medidas golpistas que levariam à prisão do magistrado e evitariam a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conforme a revista Veja, Bolsonaro teria acertado o suposto plano com o GSI e com a Abin. Heleno —que chefiava os órgãos à época— nega.