Moeda comum esbarra em dificuldade argentina para importar, diz Haddad

Ministro da Fazenda acompanha Lula em viagem à Argentina e ao Uruguai nos próximos 3 dias

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse neste domingo (22.jan.2023) que a discussão em torno de uma moeda comum entre Brasil e Argentina para relações comerciais passa por “driblar a dificuldade” dos argentinos com importações de produtos brasileiros.

“O problema é exatamente a divisa. A gente está quebrando a cabeça para encontrar uma solução. Alguma coisa em comum, alguma coisa que permita a gente incrementar o comércio porque a Argentina é um dos países que compram manufaturados do Brasil e a nossa exportação para cá está caindo. Passa por driblar a dificuldade deles. Estamos pensando em várias possibilidades”, afirmou.

Haddad chegou a Buenos Aires por volta das 21h30 deste domingo. Ele voou de Brasília à capital argentina com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro acompanhará Lula nas reuniões com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e empresários. Também participará como integrante da comitiva brasileira da 7ª cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Lula e Fernández divulgaram na noite de sábado (21.jan.2023) uma carta conjunta exaltando a relação diplomática e comercial entre os 2 países. A publicação foi feita pelo jornal argentino Perfil.

A criação de uma moeda comum para países da América do Sul foi mencionada pelos presidentes. Na carta, dizem ter acordado em avançar nas discussões para uma solução. A medida, segundo os líderes, poderá baratear os custos operacionais e reduzir a dependência do dólar.

A moeda comum, porém, só seria usada para uso em transações comerciais e financeiras entre os 2 países, e não teria circulação corrente entre brasileiros e argentinos.

Haddad disse que não se reunirá diretamente com o ministro da Economia argentino, Sergio Massa, mas afirmou que a questão será tratada durante a visita da comitiva brasileira ao país vizinho.

Questionado sobre se conversaria com jornalistas nos próximos dias sobre o assunto, o ministro da Fazenda respondeu que sim. “Até porque estão dizendo que vai acabar o real”, disse.




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Fonte: Cariri Mix

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