Aceno para mulheres é parte da estratégia de campanha do presidente, que tenta crescer entre essa parcela do eleitorado
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na sua live semanal, na 5ª feira (1°.set.2022), que “notícia boa para mulher é beijinho, rosa, presentes, férias”. O chefe do Executivo fez o comentário antes de falar sobre ações de governo na área de segurança, que, assim como fez em outras ocasiões, associou a esse público.
“Uma notícia boa aqui para as mulheres… se bem que notícia boa para mulher é beijinho, rosa, presentes, férias… tá entendendo? É isso que vocês gostam? É, né? Eu também gosto [risos]”, disse Bolsonaro.
Sem mencionar dados, o chefe do Executivo afirmou que o número de feminicídios diminuiu durante o seu governo. Associou queda ao combate à criminalidade pelos órgãos de segurança.
“O Anuário Brasil de Segurança Pública de 2022 publica um novo recuo no número de mortes de mulheres, feminicídio. Constantemente o número de mortes de mulheres tem diminuído no Brasil. Isso não é por acaso. É trabalho também de muitas Secretarias de Segurança Pública por aí, trabalho do governo federal, trabalho do nosso Ministério da Justiça, trabalho da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal no combate aos ilícitos. Quando eles tiram, por exemplo, drogas de circulação, diminui a violência pelo Brasil”, disse Bolsonaro.
Assista (aos 25min42s):
Também na 5ª feira (1°.set), em sabatina na RedeTV, Bolsonaro chamou de “narrativa” a ideia de que não gosta e não busca priorizar mulheres com políticas públicas.
“São vários projetos, leis, decretos, portarias que nós buscamos atender as mulheres. Isso não passa de uma narrativa contra mim. O pessoal joga isso e tem gente que compra essa ideia. Se for me comparar com outro candidato aí, vai ver contradições nessa questão de tratar as mulheres”, afirmou.
O chefe do Executivo citou “mulheres” ou “mães” em respostas a 3 perguntas da entrevista e nas suas considerações finais.
As menções ao eleitorado feminino fazem parte da estratégia da campanha do presidente, que busca vencer a resistência e melhorar a sua imagem entre esse público. No debate eleitoral da Band no domingo (28.ago), os direitos e a proteção das mulheres foram destaque. Na ocasião, o presidente afirmou que as mulheres devem parar de fazer “vitimismo” e criticou a jornalista Vera Magalhães ao afirmar que ela era “uma vergonha” para o jornalismo.
Para conquistar o eleitorado feminino, Bolsonaro aposta na defesa de pautas religiosas.
Entre o eleitorado feminino, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% das intenções de voto e Bolsonaro, 29%, segundo o último levantamento PoderData. Nos últimos 3 meses, o desempenho de Bolsonaro entre as mulheres no 1º turno ficou de 4 a 8 pontos percentuais abaixo da intenção de votos do eleitorado em geral.
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Fonte: Cariri Mix