As ações da Petrobras despencaram nesta 4ª feira (1º.mar.2023), dia seguinte ao anúncio sobre a redução dos preços da gasolina e do diesel para distribuidoras. Às 13h24, os papéis da petrolífera caíam 3,61%, cotados a R$ 24,33 cada.

A B3, bolsa de valores brasileira, também registra queda de 1,33%, aos 103.539,95 pontos. O mercado financeiro reage ao cenário de incertezas sobre a política de preços que a estatal adotará sob a presidência de Jean Paul Prates.

Na 3ª feira (28.fev), o governo confirmou a reoneração da gasolina e do etanol. As mudanças coincidiram com a decisão da petrolífera.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que havia uma “expectativa” maior quanto à redução sobre a gasolina anunciada pela Petrobras.

Eis o reajuste nos combustíveis feito pela estatal:

• gasolina – passa de R$ 3,31 para 3,18 o litro (redução de R$ 0,13);
• diesel – passa de R$ 4,10 para R$ 4,02 o litro (redução de R$ 0,08).

A decisão da Petrobras em reduzir os preços abriu caminho para que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltasse a cobrar tributos sobre os combustíveis a partir de 1º de março. O fim da isenção ajudará na arrecadação do governo.

O Palácio do Planalto também definiu a cobrança do imposto de exportação sobre o petróleo cru por 4 meses. Com alíquota de 9,2%, o Ministério da Fazenda espera arrecadar R$ 6,6 bilhões com o tributo.

A previsão é de um impacto de R$ 28,9 bilhões de março a dezembro deste ano. A intenção é que o imposto auxilie a reduzir o deficit das contas públicas, estimado em R$ 231,5 bilhões em 2023.

Nesta 4ª feira (1º.mar), Haddad disse que as companhias do setor petrolífero “estão com lucros exorbitantes”.

“É uma solução de transição. As empresas estão com lucros exorbitantes, pagam poucos impostos e é uma solução intermediária. O Congresso vai dar a palavra final”, declarou em entrevista ao portal UOL.